terça-feira, 8 de dezembro de 2009

- Refúgio .


E assim Elis descreveu sua dor...

De inicio quero dizer obrigada ao meu quarto, pois é a ele que me refiro quando digo refúgio, então vamos lá escrever.

O mundo simplesmente para, as decepções me perseguem, as lágrimas ocupam meu olhar, e mais uma vez me vejo aqui nesse estado, só, sem nenhum tipo de ponte pra me servir de apoio; mas uma vez você vai e me deixa, mais uma vez eu tenho que me lembrar que meu coração dói, sim... ele dói! É estranho explicar, mas aperta.

Então caminho entre cômodos quando exatamente abro a porta do meu quarto, uma cama com um belo travesseiro a minha espera, um som na mesinha ao lado; tiro meu sapato e me deito, ligo o som... (é inexplicável como nessas horas até a música é aquela que você nunca poderia escutar, não naquele momento, não naquela ocasião), olho para o teto e começa as perguntas, tantos ' porquês' e escorre a primeira lágrima, acho que essa a mais dolorida, tão silenciosa. Pego o travesseiro e aperto como se ele pudesse de alguma forma me ajudar a suprir a dor, me mantenho inconsolável, soluços começam a vir junto com as lágrimas.

Sentimentos? Só se é bom falar nele, quando ele te trás sorriso e felicidade, ou até mesmo a vingança.

Meu quarto, meu refúgio, o único onde eu posso me descabelar, chorar e 'ouvir só o silêncio', o meu silêncio... e tudo que me pertence, um lugar onde ninguém vai me julgar, porque ali e só ali, eu estarei sozinha e pensante, sem constrangimentos!

Largo o travesseiro, me levanto e enxugo aquelas lágrimas, desligo agora, pra mim aquela canção patética vinda daquele som da mesinha ao lado da cama, aquela canção que trás aqueles sentimentos que não mais me pertencerão; me retiro do quarto e enfim... me sinto melhor.

Parabéns você conseguiu fazer com que meu coração esfrie casa dia mais e desencante com tudo, mas de qualquer forma obrigada, acabei de descobrir que além de ser uma pessoa muito melhor do que você e esse sentimento, tentarei ser a mulher mais feliz do mundo! Com menos ilusões, porque foi isso que você fez comigo, me iludiu e depois se foi. ADEUS!


Cadê a vodka mesmo, heim?

Fuii...

Por: Ana Paula Soares.

Escutando: Maria Gadú!
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