quinta-feira, 15 de setembro de 2011

- Reencontro.

Foram tantas noites de sonos perdidos, com perguntas que causaram tormentas: será mesmo que vale a pena? E de imediato tenho a resposta: Não, não vale. Mas eu queria insistir. Quando vou me convencer que já errei o suficiente e já bati na mesma tecla até os dedos criarem feridas? Categoricamente, desisti. Bom, desisti!
Afinal o ser humano cansa de gostar sozinho, fui viver. Te deixei ir, não te obriguei a ficar[...]
Mas como é difícil ser adulto, ser um humano com sentimentos, me faço juras de nunca mais, mas algo me carrega pra onde eu não devo ir. Já renunciei tantas vezes esse sentimento, foram anos de renuncia a ele, fechada pras pessoas que me queriam, quando de repente me deixo levar pela primeira pessoa que me olha diferente e me trata diferente, mas não foi como deveria ser, me deixei adoecer, me deixei envolver, e como sempre aconteceu, tive que olhar alguém indo embora, sem ao menos ligar em como eu ficaria. Tive a vontade de gritar VOLTA!, mas sem reação eu só tive que deixar ir, porque como dizem: ‘ o que é verdadeiro sempre volta’. E foi assim, sobrevivi ao um novo, viciante e torturante amor.

[...]
Não, isso não termina assim, você voltou quando eu estava ‘’recuperada’’

Como foi isso? Como deixei acontecer? Como?
Naquela noite, depois de tanto tempo, eu vi seu sorriso, eu ouvi a sua voz, meu corpo e coração trabalhavam juntos e diziam: Vem, eu te quero!
Minha mente trabalhava ao contrario, me fazia não querer levantar e dizia que seria errado olhar e querer mergulhar dentro de ti.
Foi quando você chegou e pegou no meu rosto e disse: - Senti sua falta. Quando levantei meu rosto e encontrei seus olhos.
Como chegou nisso? Eu não sei...
Talvez pela maneira que você me devora com seu olhar, talvez o jeito que respira quando encosta no meu pescoço sussurrando: Você é linda e minha!
Talvez quando solta aquele sorriso que me faz imaginar tudo em câmera lenta.
Talvez a música que sai do som e você compartilha comigo.
Talvez o jeito que anda, que se movimenta, que fuma o cigarro ou simplesmente a maneira que fica parado pensando em alguma coisa, que eu pagaria o preço que fosse para adivinhar.
Foi quando parei de pensar nessas coisas, que me rendi ti, mesmo sabendo que iria ser errado e que eu poderia me machucar, mas eu sempre soube, desde o inicio que isso poderia acontecer, mas eu só queria você do meu lado naquele momento, mesmo que o preço fosse alto.
Então você chegou mais perto, sorriu para mim, fechamos os olhos, sentia sua respiração cada vez mais próxima da minha boca, foi então que tudo se desligou, só existiam duas pessoas ali, eu e você. O beijo parecia nunca mais acabar, me sentia sua novamente e você fazendo tudo se tornar mágico.
Eu me protegi tanto, pois após aquele beijo talvez pra você fosse só mais um de tantos que já teve, mas pra mim seria o beijo que faria saber se eu estava recupera.
Até certo ponto estou bloqueada, desejando sua companhia, mas ciente do que posso sofrer.

Ter você por perto é perfeito, mas imaginar até onde isso dura, tortura! Tão inconstante seu amor, tão aqui e tão ali, tão cá e tão lá. Queria você por inteiro, sem medidas, sem fronteiras, sem terceiros.
Viver pensando que agora está comigo, mas que depois de cinco minutos tudo pode mudar, você pode não querer mais e ver que o sentimento por mim não era tão forte assim, e mais uma vez eu fico aqui, vendo você partir e sem poder fazer nada, só me conformar, queria alguém que fizesse essa mania de achar normal perder pessoas passasse. E que você fosse esse alguém.
Queria te provar que sua vida poderia mudar comigo, que cada beijo seria como todo REENCONTRO que tivemos, como aquele que fez meu corpo tremer, me fez faltar respiração, talvez se você sentisse tudo isso, entenderia tudo que digo.

Estou começando a desacreditar em muita coisa, o amor sempre fez parte disso, hoje em dia então... Me sinto com anos nas costas, como uma pessoa que já caiu e se levantou várias vezes e está cheia de cicatrizes. Dolorida, cansada!
e como li por ai ‘ o amor é como cristal, se quebra, nada no mundo cola’. Apesar que você já me quebrou tanto, quer dizer o cristal anda trincado, não o quebre-o!
Vem, mais vem enquanto ainda te espero, enquanto sinto vontade de ter nossos reencontros.
Apesar de não ter pressa, eu tenho hora marcada com o relógio que faz a vida prosseguir.

Por: Ana Paula Soares



Escutando: Make me feel my love - Adele